O casamento cristão baseia-se no facto de ambos os nubentes crerem que o casamento é uma instituição divina, e como tal, reconhecem que o casamento partiu do coração de Deus para os homens na terra, e só Ele é capaz de tornar um casamento bem sucedido.
É por isso importante que alguém em nome de Deus esteja presente para abençoar o casamento( trazer o bem de Deus sobre as pessoas), que o mesmo seja celebrado sobre a Palavra de Deus e que os convidados sejam pessoas que concordem com a união.
A Igreja para estas pessoas não é um lugar onde ocorrem cerimónias sociais, onde se mantém um estatuto social passando por um ritual religioso, mas crêem que ir à Igreja regularmente, é fazer parte de uma família espiritual onde Jesus Cristo é o Senhor, onde todos bebem de um mesmo Espírito, o Espírito Santo de Deus.
Ir à Igreja é prestar culto a Deus, ministrando o nosso louvor e adoração, honrando-o com a nossa vida, é ser ministrado por Deus, é estar numa escola onde se aprendem e observam verdades bíblicas determinantes para uma vida que se quer bem sucedida e harmoniosa consigo mesma com os outros e com Deus.
Assim podemos definir as seguintes características bíblicas que contribuem para um casamento bem sucedido:
Não é bíblico o casamento entre dois homens ou entre duas mulheres, tal facto constitui uma perversão do modelo de família instituído por Deus. Tal união é considerada imoral e iníqua.
O casamento não acontece no dia da cerimónia, apenas começa nesse dia e necessita ser construído diariamente por ambos, é responsabilidade dos casados construir uma relação sólida pelo ouvir e praticar continuo da Palavra de Deus. Se assim o fizerem, Deus promete que esse casamento estará sobre uma rocha inabalável capaz de resistir a todo o tipo de contrariedades e dias maus, pois Deus vela sobre a sua Palavra para a cumprir e sempre se torna protecção espiritual, fonte de sabedoria e solução para todos os problemas na vida daqueles que n’Ele confiam. (Mateus 7:24)
Um casamento cristão não se constrói baseado nos “ achos” dos amigos nem pelos palpites dos familiares, nem pela sabedoria popular ou experiências de pessoas que não se regem pela Palavra de Deus. ( Salmo 1:1-3)
A origem dos problemas no casamento está muitas vezes em desconhecer ou desrespeitar princípios contidos na bíblia para o casamento. Desconhecer ou desrespeitar o papel e funções do marido e da mulher, as prioridades no casamento, as hierarquias na família, a prática da comunhão e do Amor de Deus, a infidelidade a Deus do casal, pode tornar o casamento num caos!
A bíblia diz que Deus criou o Homem, macho e fêmea os criou. Deus não inventou o machismo nem o feminismo, estas são duas perversões naturais numa sociedade que não vive segundo o Espírito bíblico. Deus criou o homem e a mulher para serem como um só, para se complementarem com funções diferentes, com características diferentes, em respeito mútuo, de forma a que a sua diversidade e dons sejam uma riqueza para Deus e uns para os outros.
Um casamento sadio é pois fruto de decisões previamente amadurecidas pelo diálogo, pela partilha de corações, sonhos, angústias, metas e responsabilidades.
A única regra que Deus impõe é no caso de discórdia persistente, onde Deus atribui ao marido a responsabilidade de decidir em última instância, e à mulher a responsabilidade de unir-se de coração ao marido salvaguardando a unidade e estabilidade familiar.
Saber comunicar informação, sentimentos e afectos, cuidar do seu relacionamento devem ser uma prioridade para o casal.
Saber ouvir, mostrar compreensão, aceitação e amor suprem importantes necessidades de segurança interior, de confiança mútua e bem estar.
Agressão verbal, palavras venenosas, má gestão financeira e a simples indiferença são agentes corrosivos da relação matrimonial.
É importante que o casal prossiga em conhecer-se mutuamente pois ambos têm necessidades emocionais e físicas que devem ser conhecidas e respeitadas no contexto da diferença entre sexos.
Devem também estar alerta para eventuais problemas de alma. Pois muitas pessoas vão para o casamento com uma alma doente, carregando consigo uma visão distorcida de si mesmas e dos outros, fobias, receios e inseguranças, às vezes expectativas do parceiro às quais ele nunca poderá corresponder plenamente.
É por isso importante estar atento às raízes de amargura e ressentimento, a eventuais sentimentos de rejeição, ganhar coragem e confrontar essa realidade, procurando ajuda.
Se o seu casamento está em dificuldades, se a chama que existia apagou-se e demora a reacender-se, não se resigne, deixar passar o tempo poderá levar a sua relação a entrar em etapas irreversíveis, procure-nos, nós podemos ajudar por meio de aconselhamento pastoral gratuito!
O amor sobre o qual o casamento cristão deve ser construído é de natureza sobrenatural e tem a sua expressão máxima na vida de Cristo. Normalmente as pessoas apenas estão habituadas ao Amor próprio que nasce com todo o ser humano, aquele amor egoísta que temos por tudo o que é nosso. Conhecem também o amor fraternal cultivado pela amizade e o Amor do tipo sensual, que atrai sexualmente. No entanto existe um Amor sobrenatural de procedência divina cuja especialidade é restaurar relacionamentos entre os homens e entre os homens e Deus. Este Amor é derramado no coração das pessoas quando têm um encontro real com Cristo na sua vida e é revelado na intimidade com Deus.
Este Amor é superiormente caracterizado em I Coríntios 13.
É um amor altruísta, que não busca o seu próprio interesse mas o interesse dos outros.
Quem é movido por este Amor, ama as pessoas independentemente do que elas mereçam, do que tenham dito acerca de nós, do seu feitio ou daquilo que tenham para nos dar.
É um Amor que nasce do nosso relacionamento com Deus e torna-se para nós uma necessidade, praticá-lo.
A bíblia define este Amor como benigno, nunca motiva a malícia, nem a suspeição do mal, nem a chantagem. Não alimenta ciúmes nem desconfianças, não trata com leviandade, opera através do perdão incondicional, tudo é capaz de sofrer, esperar, tudo vence!
Jesus movido por este Amor disse em Mateus 5:44 e 45:
“ Amai os vossos inimigos, bendizei os que vos maldizem, fazei bem aos que vos odeiam, e orai pelos que vos maltratam e perseguem; para que sejais filhos do vosso Pai que está nos céus…”
Pegue numa Bíblia e abra em I Coríntios capítulo 13, do versículo 1 ao 13 e tome para si nota de todas as características deste Amor.
Pense de que forma pode amar o seu marido ou esposa através dessas características. Se nunca recebeu Jesus no seu coração faça-o antes de tudo. Poderá fazê-lo no nosso site em “É NOVO NA IGREJA?”, para que possa experimentar a realidade deste Amor!
Se o seu conjugue também nunca teve um encontro real com o Amor de Deus leve-o também a Jesus por meio da mesma oração e venham ambos à Igreja, Deus vai transformar a vossa vida para sempre!
O casamento cristão visa a construção de uma só vida para duas ou mais pessoas (filhos). Não há lugar para pessoas que vivem em permanente desconfiança mútua, cada um tem as suas coisas, as suas contas pessoais, os seus interesses privados e por conveniência dormem debaixo do mesmo tecto, ou na mesma cama.
O casamento deve dar origem a uma vida onde ambos possam desfrutar de prazer, onde ambos tenham espaço para respirar e fazer o que gostam mas, a regra é como na constituição portuguesa, a liberdade e direitos de um termina onde priva o outro das suas liberdades e direitos pessoais.
As metas devem ser comuns, não existem interesses privados onde a vida é comum, não devem por isso viver uma vida de segredos e de golpes baixos tirando proveito das fraquezas mútuas. Um lar assim será um inferno para o desenvolvimento dos filhos e um péssimo exemplo de família cristã!
A Bíblia diz que uma casa dividida contra si mesma não prevalecerá, onde cada um puxa para seu lado não se pode pedir a Deus que abençoe!
Uma casa que privilegia a sua unidade constitui-se foco da bênção e vida eterna conforme Deus promete no Salmo 133.
Uma vida em comum fala-nos também do casal ter o cuidado de viver debaixo da mesma influência benigna e orientadora do Espírito Santo de Deus. Quando todos se regem pelos mesmos princípios, ambos frequentam a Igreja e alimentam uma mesma vontade (a de Deus) torna-se fácil serem sensíveis um ao outro, obedecerem e servirem-se mutuamente. A presença de Deus sempre “desparasita” a vida das pessoas da forma de viver deste mundo, própria de todos aqueles que vivem como se Deus não existisse (vivem em pecado biblicamente).
Uma vida em comum tem também implicações na vida sexual dos dois. Pois Deus declara que também nesta área o casal deve olhar para o corpo um do outro como uma só carne, ou sua própria carne. Satisfazer o outro sexualmente é amar a si mesmo e respeitar o corpo do outro, é respeitar-se a si mesmo.
Deus criou o sexo não apenas para reprodução da espécie humana mas também para criar fortes laços de intimidade e prazer entre o casal. Banalizar o sexo, desaprová-lo, tirá-lo do contexto do casamento, desprovê-lo de significado bíblico, do afecto e do profundo amor é pervertê-lo.
Desprezá-lo numa relação conjugal é atentar contra a própria relação e propósitos de Deus.
O casamento é a união de um homem e de uma mulher que constroem em comunhão e em amor uma vida comum.